quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013




 
47 anos de Fraldinha

 

Marcos Bassi teve o primeiro contato com a Fraldinha em 1967, quando ainda trabalhava com a mãe na casa de carnes, da rua Humaitá. Pela casa de carnes passavam ingleses, italianos, holandeses e franceses. Foi ali que Bassi aprendeu muito com os exigentes clientes estrangeiros que moravam na região da avenida Paulista.

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Um belo dia uma senhora francesa entrou na casa de carnes e pediu para Marcos uma peça de bavette. Bassi, como já era chamado pelos clientes, ficou parado em frente a senhora sem saber o que dizer, pois nunca tinha ouvido falar nada sobre o corte.  A senhora explicou diversas vezes como era o corte, uma carne fina, sem músculo, muito macia e sem gordura nenhuma, mas mesmo assim ele não conseguiu identificar.

 

Foi então que Bassi convidou a senhora para entrar dentro do açougue, e ali mesmo, mostrou uma carcaça de boi inteira. Bassi foi apontando para os cortes e juntos acharam a tal da bavette.

 

Durante muito tempo Bassi separava  diversas peças do corte para a senhora buscar, ela adorava a carne, fritava com manteiga na frigideira de ferro. De repente a senhora sumiu, já havia passado 2 semanas e as bavettes ficaram lá, encalhadas na geladeira do açougue. Como ninguém conhecia o corte e nem o modo de preparo, ficaria difícil vender para outras pessoas.

 

Naquela época, Bassi já tinha uma churrasqueira onde preparava diversos assados para serem levados ou servidos ali mesmo, costumava oferecer  petiscos enquanto os clientes aguardavam seus pedidos.

 

Então a bavette foi para a churrasqueira!

 

Mas como fazer? Na grelha ficou seca, errou o ponto do sal e estragou a carne. No forno não deu certo também. Então ela foi para o espeto, compactou a carne e deixou assando na parte alta da churrasqueira.

 

O resultado foi um sucesso, a peça era fatiada em pequenas lascas e servida com molho vinagrete dentro de um pão francês.

 

Anos depois, já no seu clube do churrasco, durante uma discussão sobre o significado do nome bavette, Eduardo Borgherth por conta de uma confusão ou brincadeira, disse que bavette significava fralda em francês, fraldinha de neném, quando na verdade, a palavra significa babador.

 

Então José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, disse que esse seria o nome, e logo batizou o corte como Fraldinha.

 

Antes considerada como carne de segunda qualidade, hoje a fraldinha é o segundo corte  de churrasco mais vendido do Brasil, ficando apenas atrás da picanha. Logo na primeira mordida, é possível perceber a textura macia e suculenta que se desmancha na boca, surpreendendo até os paladares mais exigentes.

 

 

Agora, em novembro de 2013, a Fraldinha do Bassi foi premiada como um patrimônio gastronômico de São Paulo, pelo Caderno Paladar do Estado de São Paulo.

Para comemorar essa alegria e consagração, o Templo da Carne promove em janeiro o 2º Festival da Fraldinha.

 

Fraldinha - R$ 228,00 – Serve de 3 a 4 pessoas

Couvert Completo ( Abobrinha assada com azeite, limão, alho poro e azeitonas verdes, mussarela de búfalo com tomate e orégano, lingüiça de ervas curada, berinjela caponata, molho de cebola, pão italiano Basilicata, molho chimichurri, patê de cenoura, torradas e manteiga)

 

Arroz do Cozinheiro ( Arroz branco, ovos mexidos, salsinha, batata palha, bacon)

Farofa Especial ( Farinha de mandioca, lingüiça calabresa, ovos mexidos, salsinha, alho e bacon)

 

Cerveja Heineken 600 ml
 
BOM APETITE!

 

 

quinta-feira, 9 de maio de 2013

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Ciao, Marquinhos (Homenagem de Thomaz Souto Corrêa - Veja São Paulo, 3 de abril de 2013)

Homenagem linda que saiu na Veja São Paulo desta Quarta-feira sobre o Marquinhos, o nosso eterno Marcos Bassi. A família agradece ao amigo Thomaz Souto Corrêa, a Veja São Paulo e principalmente aos fãs e admiradores pelo carinho e por todo apoio demonstrado, muito obrigado!

quarta-feira, 27 de março de 2013

MUITO PRAZER MARCOS BASSI


Muito Prazer MARCOS BASSI.

 

"Se for obedecido o horário previsto, agora às 14:00 horas deste dia 25 do mês de março, nesta segunda-feira, início de outono, muitos amigos de corpo presente, quase todos os pensamentos voltados num só, caminharão física e espiritualmente ao lado de um homem que é história como empresário das carnes e também como participante dos programas de rádio deste país.

Está partindo agora para a sua última morada física um homem que fez do seu trabalho a sua grande arma, do seu próprio sorriso e do sorriso das crianças e dos adultos que não mataram a criança que mora no coração de cada um. Um homem que teve como todos os homens os seus altos e baixos nos negócios, nos empreendimentos, nas artes, nos ramos a que se dedicou, mas que nunca perdeu o sorriso. Um sorriso que se sentia verdadeiro, um sorriso que vinha de dentro, um sorriso que comunicava, que transformava e se multiplicando em muitos e tantos outros sorrisos. Talvez a vida de muitas pessoas tenha sido modificada sempre ensinando como fazer um belo churrasco e isto é o que mais importa. Se pudesse agora numa larga pesquisa, numa pesquisa de largo espectro, ouvir depoimentos daqueles que se ligaram em MARCOS BASSI, talvez nós fôssemos colher depoimentos inacreditáveis. Por exemplo uma cena familiar: diria o homem comum: então eu brigava com minha mulher em determinado momento quando fixávamos ao ouvir o rádio e colher receitas memoráveis de como poderíamos ser felizes por tão pouca coisa. Então ele se fez parte integrante de tantas e tantas pessoas. Ele passou a ser como um amigo querido de muita gente. Então todas as palavras seriam inúteis e vans porque não há ninguém no mundo com capacidade suficiente para num momento de um passamento de um ser humano desta para outra, retratar aquilo que ele foi. Porque nós não enxergamos a verdade plena. Cada um de nós enxerga uma pequenina parcela da verdade. E representando agora e aqui com muito respeito e responsabilidade a alta direção do MEMORIAL HÉLIO RIBEIRO, nós queremos dizer que quando morre um homem como MARCOS BASSI o motivo antes de ser TRISTE é de RESPEITO porque ele não passou como temia o poeta em brancas nuvens e não viveu. Ele foi uma tempestade nos meios de comunicação do Brasil. Uma tempestade que provocou uma chuva tão forte que regou a terra da criatividade deste ramo que fez a semente germinar e que faz com que hoje a carne do Brasil seja uma das mais importantes de toda a América. Então ele não passou em brancas nuvens. Ele se fez tempestade. Uma tempestade boa. Vai também um profissional escorreito, um homem inteligente, um chefe de família e que muita gente hoje colhe os frutos. Deixa a mulher Rosa Maria e suas filhas Tatiana e Fabiana para continuar o legado de um trabalho sério deste homem que nos deixa prematuramente.

Agora, num marchar cadenciado dos seus amigos que ladeiam o seu caixão vai um pouco da história do Templo da Carne e fica uma lembrança boa de um homem que deu de si quase tudo que tinha para fazer o seu país mais conhecido nos caminhos da gastronomia e principalmente como fazer o melhor churrasco para aqueles que apreciam o sabor da carne.

E não nos alongaremos mais porque temos certeza de que as palavras todas são inúteis para aqueles que sentiram chegados, amantes e amados deste homem, deste profissional liberal e um empresário bem sucedido do melhor da vida que é a gastronomia. Queremos apenas e tão somente traduzir agora e aqui o respeito de todos os profissionais que militam nos meios de comunicação do Brasil. E se tivermos daqui para a frente 10 homens com o seu talento, a sua garra, o seu respeito pelo ser humano, nós poderemos modificar este país para melhor. Em lembrança dele, em memória dele, em respeito à tempestade que ele foi regando o solo fértil da criatividade deste país, fazendo germinar sementes de um mundo melhor, um meio de comunicação mais sadio, mais puro e mais construtivo e também para aqueles que iam ao seu Templo da Carne, nem que fosse somente para sentir aquele sorriso que estava estampado no seu rosto.

Os amigos caminharão para a sua última morada física, os espíritos o seguirão até o lugar que lhe está reservado no infinito. Vá com Deus, descanse em paz o seu corpo físico. Seja feliz para onde você for espírito.

MARCOS BASSI nós amámos, amamos, respeitámos e respeitamos você. MUITO PRAZER EM CONHECER".

 

*Este escrito foi baseado em um improviso do maior comunicador do rádio brasileiro deste país chamado HÉLIO RIBEIRO, quando da morte do ator e humorista Manoel de Nóbrega falecido em 17 de março de 1976 aos microfones da Rádio Bandeirantes de São Paulo.

 

terça-feira, 5 de março de 2013